Como foi meu intercâmbio no Canadá?

Juliane Torres » LIFE » VIAGEM » Como foi meu intercâmbio no Canadá?

por | 9 de junho de 2022 | CANADÁ, VIAGEM | 0 Comentários

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Intercâmbio no Canadá - Nathan Philips Square, em Toronto

Intercâmbio no Canadá – Nathan Philips Square, em Toronto

Eu passei a minha infância e adolescência sonhando em fazer um intercâmbio no Canadá — ou em algum outro lugar algum dia na vida. E consegui realizar esse sonho apenas depois dos 30!

A primeira vez que fui para o Canadá foi em Setembro de 2019, depois de ganhar uma bolsa de estudos de 1 mês, optei por ir para Vancouver e foi paixão à primeira vista.

Eu sabia que o Canadá — o segundo maior país do mundo tinha muito mais a oferecer do que tinha visto em Vancouver. Então decidi voltar, mas claro, em 2020 a pandemia veio e desfez qualquer plano que eu tinha criado na cabeça ainda enquanto estava no Canadá.

Mas tudo mudou quando meu marido e eu decidimos ir morar nas terras geladas da América do Norte.

 

Em Montreal, em frente a La Grande Roue

Em Montreal, em frente a La Grande Roue

SURGIU OUTRA BOLSA DE ESTUDOS

Dessa vez, para um College! Por volta de setembro de 2020, em busca de informações para a tão sonhada mudança para o Canadá, não me recordo ao certo como foi, mas sei que consegui uma bolsa de 50% do valor em college em Montreal.

E antes que você me pergunte se eu falo francês, não, não falo, mas adianto que o curso será todo em inglês. No entanto, eu também não falava bem inglês e não estava conseguindo atingir o mínimo que precisava para cursar as aulas.

 

INTERCÂMBIO NO CANADÁ – PARTE 2

Foi aí que chegamos (meu marido e eu) à conclusão de que eu deveria ir para o Canadá novamente para estudar inglês, mas ao invés de ficar apenas um mês, ficar mais tempo, só assim eu conseguiria ter mais fluência para aprender melhor.

Optei em ir para a escola ILSC (não recomendo muito) ao invés da SGIC (que eu recomendo demais) e que foi a escola que estudei em Vancouver. Dessa vez, para conhecer um pouquinho mais do Canadá, resolvi passar uma temporada em Toronto — o coração do Canadá e aproveitei para dar um pulo no Quebec, para ver como era a cidade de Montreal e se não falar francês seria um problema muito grande.

Em Montreal, de fundo o Rio São Lourenço

Em Montreal, de fundo o Rio São Lourenço

É claro que seria injusto eu ir para o Canadá uma segunda vez sem meu marido, então combinamos que ele ira comigo e ficaríamos viajando por duas semanas, para só então, eu iniciar o intercâmbio (enquanto ele estava no Brasil trabalhando, afinal, alguém precisava ganhar dinheiro!).

Como ainda estávamos no meio de uma pandemia, os voo estavam um pouco escassos, então decidimos voar até Toronto e de lá pegar a estrada para Montreal.

 

O Quebec é simplesmente fantástico

A província de Quebec é muito diferente do que eu imaginava. É um lugar lindo e único. E o francês deixa tudo muito mais charmoso, mas não nego que isso complica um pouco as coisas fora das áreas turísticas.

Como fui em novembro, visitei Quebec City e parecia simplesmente uma cidade saída de um filme de Natal ou um conto de Fadas.

Montreal também mostrou o seu valor e as suas belezas com o forte apelo europeu — tanto na arquitetura, quanto na cultura. Ficamos ao todo 10 dias em Montreal.

Beaver Tails é um doce típico do Canadá. Ao fundo, a CN Tower.

Beaver Tails é um doce típico do Canadá. Ao fundo, a CN Tower.

Toronto é a São Paulo do Canadá

Assim que cheguei em Toronto eu me senti um pouco decepcionada. É claro que vivendo lá por quatro meses eu aprendi a gostar da cidade. Mas como já tinha passado um mês em Vancouver e depois mais dez dias em Montreal, Toronto ficou muito distante em alguns quesitos, como a grande quantidade de lixos na rua e de moradores de rua e drogados.

Eu já sabia que o Canadá, mesmo sendo um país de primeiro mundo também tinha esses problemas, mas não imaginava que seria tão grande, porque nas outras cidades a proporção desse problema é muito menor.

Quando cheguei, senti que Toronto era uma pequena São Paulo — é o centro financeiro do país, a cidade mais populosa de lá, com muita vida noturna, cafeterias, restaurantes, e esses problemas, que infelizmente, está presente no mundo todo. É claro que numa proporção muito menor do que em SP e também uma cidade muito mais segura.

 

A ESCOLA NÃO ME AGRADOU

A minha experiência na SGIC em Vancouver foi simplesmente perfeito. Além disso, eu tive a experiência de fazer três meses de aula com a unidade de Vancouver no formato online, enquanto estava no Brasil. Mas acabei optando pela ILSC pelo fato de ela ser do mesmo grupo do College Greystone e eu sabia que isso facilitaria as coisas, mas embora seja uma boa escola, ela não me agradou em alguns fatores:

  • Os professores não se dão muito ao trabalho de se apresentar no primeiro dia de aula;
  • Alguns professores são realmente horríveis;
  • Para quem fica full-time, como foi o meu programa, as últimas aulas do dia são beeeeem superficiais e os professores parecem odiar ministrar aquelas aulas;
  • Eles abriram a opção de curso híbrido, mas os professores claramente não foram treinados e não integravam os alunos;
  • A escola não incentivava ações pós-aula, como a SGIC fazia, com passeios e atividades para integrar os alunos e ajudar na prática do idioma.

Mesmo assim, aprendi bastante coisa, meu inglês deu um boom absurdo e fiquei muito feliz em desenvolver ótimas amizades. Uma curiosidade é que eu sempre era a mais velha da turma – não importa qual turma. E que ninguém acreditava que eu tinha 36 anos (comemorados lá, inclusive). 

 

Lake Ontário era o meu lugar favorito em Toronto

Lake Ontário era o meu lugar favorito em Toronto

 

MAS VALEU A PENA?

Sim, apesar de não ter gostado muito da escola, eu achei que valeu cada centavo e cada minuto ali investido.

Até porque a escola é só uma parte do intercâmbio. E se fosse para fazer de novo, eu não pensaria duas vezes.

Vancouver é uma excelente opção também e eu não me arrependo de não ter ido para lá pela segunda vez, mas há o problema do fuso horário ser muito mais distante (5 horas), enquanto Toronto era apenas 2 horas de diferença. E como eu fui trabalhando online pela minha própria empresa, isso também contou bastante.

Montreal será a minha próxima experiência de intercâmbio. Se você pensa em apenas aprender inglês, eu desconsideraria essa cidade. Mas se você pensa em fazer college, ainda é uma opção bem interessante, principalmente pela questão do custo de vida. E também porque o fuso é o mesmo de Toronto: uma hora de diferença durante o verão e duas durante o inverno canadense.

Se você tem apenas um mês para fazer um intercâmbio, eu recomendo que você vá. Mas se puder ficar ao menos 3 meses, será melhor ainda. Porque quanto mais tempo você está lá, mais automático ficará a sua comunicação, inclusive sonhando e pensando em inglês.

Ir para o Canadá mudou a minha vida!

Fique por dentro!

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